PAÍSES DA LÍNGUA PORTUGUESA
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é uma organização internacional formada por países lusófonos, cujo objetivo é o "aprofundamento da amizade mútua e da cooperação entre os seus membros".
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a população de seus países membros soma aproximadamente 270 milhões de pessoas. A CPLP foi criada em 17 de Julho de 1996 por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. No ano de 2002, após conquistar independência, Timor-Leste foi acolhido como país integrante. Em 2014, Guiné Equatorial tornou-se o nono membro da organização.
A CPLP é financiada tanto por meio do orçamento de funcionamento do Secretariado Executivo, custeado por contribuições obrigatórias dos Estados-membros, como pelo Fundo Especial, alimentado por contribuições voluntárias e destinado a custear programas de cooperação, projetos e ações pontuais. A sua sede fica em Lisboa, Portugal, e seu atual secretário executivo é Francisco Ribeiro Telles, de Portugal; e Armindo Brito Fernandes, natural de São Tomé e Príncipe, quem atualmente ocupa o cargo de Diretor Geral. A organização promove a data de 5 de Maio como Dia da Cultura Lusófona, celebrado em todo o espaço lusófono, e os Jogos da CPLP, evento desportivo que reúne todos os membros da organização.
ANGOLA
Nome Oficial: República de Angola
Capital: Luanda
Habitantes: 31.787,566
Outras cidades importantes: Huambo, Lobito, Cabinda, Benguela, Lubango, Malange
Data da atual Constituição: o MPLA adaptou uma Constituição de Independência em Novembro de 1975, alterada em Outubro de 1976, Setembro de 1980, Março de 1991, Abril e Agosto de 1992 e Novembro de 1996.
Língua: a língua oficial é o Português. São falados outros idiomas, sobretudo o Umbundo, Kimbundo, Kikongo e Tchokwé
Unidade monetária: Kwanza (Kz)
BRASIL
Nome Oficial: República Federativa do Brasil
Capital: Brasília
Habitantes: 211.994,695
Outras cidades importantes: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Recife, Manaus, Porto Alegre e Belem
Data da actual Constituição: Outubro de 1988. Alterações introduzidas posteriormente
Língua: Português
Unidade monetária: Real (BRL)
CABO VERDE
Nome Oficial: República de Cabo Verde
Capital: Cidade da Praia
Habitantes: 558.514 mil
Outras cidades importantes: Mindelo, Assomada, S. Filipe
Data da atual Constituição: 25 de Setembro de 1992. Foi revista em Julho de 1999
Língua: A língua oficial é o Português, utilizando-se localmente o Crioulo
Unidade monetária: Escudo de Cabo Verde (CVE)
GUINÉ-BISSAU
Nome Oficial: República da Guiné-Bissau
Capital: Bissau
Habitantes: 1.941,521
Outras cidades importantes: Bafatá, Gabú, Mansôa, Catió, Cantchungo, Farim
Data da atual Constituição: aprovada em 16 de Maio de 1984, foi revista em Maio de 1991, Novembro de 1996 e Julho de 1999
Língua: a língua oficial é o Português, utilizando-se localmente o Crioulo, Mandjaco, Mandinga, entre outros
Unidade monetária: Franco CFA
GUINÉ-EQUATORIAL
Nome Oficial: República da Guiné Equatorial
Capital: Malabo, cerca de 100 mil Habitantes.
Habitantes: 1.309.000
Outras cidades importantes: Bata.
Línguas oficiais: Português, Espanhol e Francês
Unidade monetária: Franco CFA.
MOÇAMBIQUE
Nome Oficial: República de Moçambique
Capital: Maputo
Habitantes: 31.117,272
Outras cidades importantes: Beira, Nampula, Chimoio, Nacala-Porto, Quelimane, Tete, Xai-Xai, Pemba, Inhambane
Data da atual Constituição: 30 de Novembro de 1990, alterada em 1996 e em 2004
Língua: a língua oficial é o Português. Há numerosas línguas nacionais, como o Lomué, Makondé, Shona, Tsonga e Chicheua
Unidade monetária: Metical (MZM)
PORTUGAL
Nome Oficial: República Portuguesa
Capital: Lisboa
Habitantes: 10,28 milhões
Outras cidades importantes: Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal (Madeira), Ponta Delgada (Açores), Porto, Setúbal
Data da atual Constituição: aprovada em Abril de 1976. Revisões em Setembro de 1982, Julho de 1989, Novembro de 1992, Setembro de 1997, Dezembro de 2001, Julho de 2004 e Agosto de 2005
Língua: Português
Unidade monetária: Euro (EUR)
SÃO TOMÉ E PRINCÍPE
Nome Oficial: República Democrática de São Tomé e Príncipe
Capital: São Tomé
Habitantes: 212.182
Outras cidades importantes: Santo António, Santa Cruz, Neves
Data da atual Constituição: publicada a 29 de Janeiro de 2003 em Diário da República
Língua: a língua oficial é o Português. Localmente, também se fala Crioulo
Unidade monetária: Dobra (STD)
TIMOR-LESTE
Nome Oficial: República Democrática de Timor-Leste
Capital: Díli
Habitantes: 1.344,944
Outras cidades importantes: Baucau, Manatuto, Aileu e Liquiçá
Data da atual Constituição: Maio de 2002
Língua: as línguas oficiais são o Português e o Tétum
Unidade monetária: Dólar norte-americano (USD). Para facilitar as trocas comerciais, o Estado cunha moedas de denominação “centavo”.
HINOS
Hino do Elos Internacional
Quando nossas nações se juntaram
No pulsar de um só coração
Do milagre da fraternidade
Esplendidamente nasceu a união
Sentimento por Cristo pregado
Como parte integrante da vida
Não sabemos de qual tantas pátrias
Se tornou a mais nobre e querida
Somos Elistas sentimos n’alma
Que cada membro é um irmão
Cantemos todos que a vida só é boa
Quando se tem amor no coração
Companheiros do altivo ELOS
Que tão bem sabe unir e prender
Levantando a voz em um canto
Trabalhamos pra vê-lo vencer
E nas noites estreladas e lindas
Em que há chuva brilhante de estrelas
Cantaremos bem mais vibrantes
As cantigas das terras mais belas
Somos Elistas sentimos n’alma
Que cada membro é um irmão
Cantemos todos que a vida só é boa
Quando se tem amor no coração
Música e Letra: CE Dulce Sarmento – Elos Clube de Montes Claros - MG
Hino Nacional Brasileiro
INTRODUÇÃO
Espera o Brasil que todos cumprais com o vosso dever
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Gravai com buril nos pátrios anais o vosso poder
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Servi o Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz
Cumpri o dever na guerra e na paz
À sombra da lei, à brisa gentil
O lábaro erguei do belo Brasil
Eia! Sus, oh, sus! (2X)
I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos
Brilhou no céu da pátria nesse instante
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte
Em teu seio, ó liberdade
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce
Se em teu formoso céu, risonho e límpido
A imagem do Cruzeiro resplandece
Gigante pela própria natureza
És belo, és forte, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada
Brasil!
II
Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar e à luz do céu profundo
Fulguras, ó Brasil, florão da América
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida, no teu seio, mais amores
Ó Pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado
Mas, se ergues da justiça a clava forte
Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme, quem te adora, a própria morte
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada
Brasil!
Composição: Francisco Manuel da Silva
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
História da Introdução do Hino Nacional Brasileiro
Certamente, nunca se ouviu dizer, que a introdução traz uma letra, ou, quando muito, ela vem apenas vocalizada. Significa pequeno trecho, que antecede a qualquer composição do gênero clássico. No início de uma ópera, denomina-se: abertura, ou ouverture (em francês); protofonia, prólogo. Na literatura, pequeno trecho, que se antepõe à exposição de um assunto; é a parte inicial, antes de se expor um argumento.
A simpática santista Ana Arcanjo, membro da Cruz Vermelha em 1932 e que se apresenta no vídeo, nos seus mais de noventa anos, creio, admoesta sobre esquecimento dessa cívica introdução do nosso Hino Nacional. Veio de Pindamonhangaba através de Américo de Moura, presidente da província do Rio de Janeiro, de 1879 a 1880 a patriótica letra “incorporada ao Hino, em 1931 por resolução do Congresso”, (ver Wikipédia) que antecede o poema de Duque Estrada. Tente cantar, prosodicamente, sem desanimar, porque não deixa de ser aplicado exercício de articulação vocal, quanto respiratório e cívico: “Espera o Brasil/ Que todos cumprais/ Com vosso dever-er/ Eia avante, brasileiros/ Sempre avante/ Gravai o buril/ Nos pátrios anais/ Do vosso poder-er/ Eia avante, brasileiros/ Sempre avante! / Servi o Brasil/ Sem esmorecer/ Com ânimo audaz/ Cumpri o dever/ Na guerra e na paz/À sombra da lei/A brisa gentil/O lábaro erguei/Do bravo Brasil-il/Eia sus, oh, sus! ”. Ao escrever a letra, puxei as sílabas finais das palavras acima-dever e Brasil-, porque as grafias musicais, nos dois fraseados, trazem sentido completo como se fora o ponto final no encaixe prosódico. Se pararem para pesquisar, verão o mesmo efeito no Hino da Independência (Ver contente, a mãe genti-il... no horizonte do-o Brasil-il;) e no estribilho: longe vá-a temor servi-il). Nosso Hino Nacional traz muitas apoggiaturas (enfeites) que “esticam” as palavras: Gigante pela própria nature-e-za/Es belo, és forte, impávido colo-os-so! Acontece na segunda parte no encaixe das palavras: fo-or-te; lu-u-ta. As cacofonias são inevitáveis, se não se fizer a elisão em nessigualdade; vejam o que se canta: dessáigualdade, (Ai, como dói o ouvido!) Por mais que nosso Duque Estrada cuidasse do encaminhamento paralelo da sua letra à música, que chegou bem antes da era republicana com pomposo nome de Marcha Triunfal.
Se Ana Arcanjo, indignada, cobra o canto da Introdução, além de mostrar, que brasileiro só se lembra da primeira ignorando a obrigação das duas partes do poema ao ser cantado ;( e que, na execução orquestrada, a música não se repete e não se canta, porque em tonalidades diferentes, segundo decreto, complicaria mais ainda atribuir à Introdução uma letra como a do autor Américo de Moura. Creio, que o próprio nome dá sentido de pequeno trecho orquestrado, que “incita” o desenvolvimento musical a seguir. Muito rebato o fato de se executar a Introdução, quando se volta ao canto da segunda parte, porque, logicamente, o canto sequencial já a dispensa trazendo sentido de quem já entrou e não precisa sair para tornar a entrar.... Geralmente, interpretam que se deva fazê-lo, porque o decreto obriga, que se faça na integra, a sua execução, (o que entendo ser, apenas, a letra!) Questão de interpretação....
Quanto aos vícios de linguagem e de entonação, nem sempre tivemos, nas escolas, professores especializados de Canto Coral. Projeto de Villa Lobos, na era Vargas, incentivou a criação de orfeões, nas escolas brasileiras. Naquela época, a Escola de Canto Orfeônico formava professores de música com noções profundas da pedagogia musical. Arquivou-se a didática motivante, como análise de nossos hinos pátrios para devida compreensão, porque não se pode apreciar o que não se conhece. E nem despertar a sensibilidade!
Arahilda Gomes Alves
Hino de Portugal
Heróis do mar, nobre povo
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória
Oh, Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões
Marchar, marchar!
Desfralda a invicta bandeira
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O oceano, a rugir d'amor
E o teu braço vencedor
Deu novos mundos ao mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
Marchar, marchar!
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe
Que nos guardam, nos sustêm
Contra as injúrias da sorte
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
Marchar, marchar!
Heróis do mar, nobre povo
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória
Oh, Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões
Marchar, marchar!
Composição: Henrique Lopes de Mendonça.